sábado, 28 de junho de 2008

Nosso Bairro tem Feira de Orgânicos!

Todas as quartas-feiras das 10h da manhã às 16h da tarde na parte térrea do Ministério da Agricultura temos uma feira de orgânicos, alimentos produzidos sem adição de adubos tóxicos.

O prédio do Ministério da Agricultura está localizado na Av. Loureiro da Silva nº515, próximo a Câmara de Vereadores e ao lado do prédio da Receita Federal, o famoso prédio Chocolatão

Parque do Gasômetro

Estamos lutando pela criação do "Parque e Largo do Gasômetro".

Temos conversado com vereadores dos diversos partidos políticos na busca de apoio para a viabilização desses dois projetos.

Estamos investigando a existência de uma verba de R$ 11.000.000,00 (onze milhões) para melhorias na Orla.

Já encontramos na pessoa do Vereador Carlos Comassetto, um norte que nos aponta na dirreção dessas duas conquistas. O citado vereador apresentou duas emendas à revisão do plano diretor pedindo o gravame dos dois projetos. Significa dizer que em sendo aprovadas essas duas reivindicações na votação da revisão do PDDUA, teremos criado o parque e o Largo do Gasômetro.

sexta-feira, 27 de junho de 2008

A Festa de São João




Tarde de 21 de junho um frio de "rachar" e nós na praça para a nossa Festa de São João. Mais uma vez fomos poucos, mas tivemos momentos bem engraçados tais como o casamento na roça. Tivemos também novos parceiros, entre eles a Tania e o Valdir que expuseram roupas costumizadas e peças em macramê, os indios da Lomba do Pinheiro que expuseram seu artesanato. Nossos tradicionais parceiros também se fizeram presentes: a D.Celia (nossa noiva do casamento da roça), a Escola Porto Alegre - a Liane, o Fernando..., enfim foi uma confraternização entre amigos.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Festa de São João - dia 21

Sábado dia 21 de Junho a partir das 14h Festa de São João na Praça Júlio Mesquita.

14h - Casamento na Roça com o grupo da Oficina do Chimarrão coordenado por Celia Mariante da Silva. A "Noiva" chegará de carroça em nossa praça.

14h 30min - Dança da Quadrilha com o grupo da Oficina do Chimarrão coordenado por Celia Mariante da Silva.

Aula de Dança Junina com a Professora Lisiane Moresco.

18h15min - Apresentação do filme "Viva São João" dirigido por Gilberto Gil e produzido pela Conspiração Filmes.

Dança Hip-Hop com os alunos da escola EPA - Escola Porto Alegre Durante o evento, estarão expostos os trabalhos de Tânia e Valdir que são roupas customizadas e peças de macramê. Ana do ateliê Em Nome exporá diversas peças. A Joana e o Silvano (estudantes de Artes Plásticas da UFPEL) exporão trabalhos artesanais, roupas, bolsas, bijuterias, quadros, elaboradas com materiais diversos. Os alunos da EPA - Escola Porto Alegre, nossos já tradicionais parceiros estarão expondo papel reciclado e cerâmica produzido por eles.

Os Indios Guaranis da Lomba do Pinheiro exporão artesanato produzido por eles. Durante o evento havera comercialização de pipoca, quentão, pinhão e demais produtos típicos de festa junina produzidos por moradores do entorno do Gasômetro.

Apoios: SMAM, Aeromovel, Conspiração Filmes.

terça-feira, 10 de junho de 2008

Confirmado Apoio Rodacine/Fundacine*

Obtivemos hoje a confirmação das sessões de cinema em película na praça Júlio Mesquita, apoio este concedido pela Fundacine-Fundação Cinema RS.
Consideramos esta ação fundamental para tornarmos a nossa praça conhecida como a praça do cinema em Porto Alegre.
As próximas exibições de cinema em película - ocasião em que o telão é pendurado no Aeromovel - acontecerão nos seguintes dias:
-19 de julho, sábado, os filmes apresentados serão o curta-metragem "Rolex de Ouro" e "Do Luto a Luta".
-5 de Novembro, titulo a definir, "Comemoração do 'Dia do CinemaBrasileiro' e 'Dia da Cultura Nacional'. Comemoração oficial do Cinema Gauúcho, ação em parceria com as entidades representativas do cinema gaúcho."
-20 de dezembro, último terceiro sábado do ano título a definir.
Festa de final de ano.

*O Que e a Fundacine:
A Fundação Cinema RS, criada em 1998, é uma parceria inédita que reúne iniciativa privada, Estado, produtores e exibidores cinematográficos do Rio Grande do Sul, objetivando à análise, organização e desenvolvimento do setor, além da difusão do cinema realizado no RS, em escala nacional e internacional. A FUNDACINE é resultado direto da ação política desenvolvida há duas décadas por cineastas, profissionais e empresas do cinema, desde a criação da Associação Profissional de Técnicos Cinematográficos. A FUNDACINE tem como propósitos a criação de mecanismos de fomento esuporte à produção cinematográfica e audiovisual, sua distribuição eexibição, a qualificação dos agentes do setor, a promoção do cinema ea formação de públicos espectadores, a preservação da memóriaaudiovisual. A Fundacine se soma, também, ao esforço geral de todas asinstituições e entidades que trabalham pela consolidação do cinemabrasileiro. Por conta dessa disposição, foi a realizadora do IIICongresso Brasileiro de Cinema, em 2000, e uma das instituições fundadoras do CBC, entidade catalisadora das organizações do cinema brasileiro. A Fundacine é a instituição que por excelência coordena os esforços deimplantação da indústria cinematográfica gaúcha. Seus projetos eprogramas de trabalho prevêem a formulação de políticas e estratégiasdirigidas à aglutinação de agentes públicos e privados e à construçãode um sistema econômico apto a potencializar o talento e a capacidadede empreendimento dos agentes locais.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Dia Mundial do Meio Ambiente

Galeano - A Natureza não é muda

La naturaleza no es muda

El mundo pinta naturalezas muertas, sucumben los bosques naturales, se derriten los polos, el aire se hace irrespirable y el agua intomable, se plastifican las flores y la comida, y el cielo y la tierra se vuelven locos de remate. Y mientras todo esto ocurre, un país latinoamericano, Ecuador, está discutiendo una nueva Constitución. Y en esa Constitución se abre la posibilidad de reconocer, por primera vez en la historia universal, los derechos de la naturaleza. La naturaleza tiene mucho que decir, y ya va siendo hora de que nosotros, sus hijos, no sigamos haciéndonos los sordos. Y quizás hasta Dios escuche la llamada que suena desde este país andino, y agregue el undécimo mandamiento que se le había olvidado en las instrucciones que nos dio desde el monte Sinaí: "Amarás a la naturaleza, de la que formas parte".

Un objeto que quiere ser sujeto

Durante miles de años, casi toda la gente tuvo el derecho de no tener derechos.

En los hechos, no son pocos los que siguen sin derechos, pero al menos se reconoce, ahora, el derecho de tenerlos; y eso es bastante más que un gesto de caridad de los amos del mundo para consuelo de sus siervos.

¿Y la naturaleza? En cierto modo, se podría decir, los derechos humanos abarcan a la naturaleza, porque ella no es una tarjeta postal para ser mirada desde afuera; pero bien sabe la naturaleza que hasta las mejores leyes humanas la tratan como objeto de propiedad, y nunca como sujeto de derecho.

Reducida a mera fuente de recursos naturales y buenos negocios, ella puede ser legalmente malherida, y hasta exterminada, sin que se escuchen sus quejas y sin que las normas jurídicas impidan la impunidad de sus criminales. A lo sumo, en el mejor de los casos, son las víctimas humanas quienes pueden exigir una indemnización más o menos simbólica, y eso siempre después de que el daño se ha hecho, pero las leyes no evitan ni detienen los atentados contra la tierra, el agua o el aire.

Suena raro, ¿no? Esto de que la naturaleza tenga derechos... Una locura. ¡Como si la naturaleza fuera persona! En cambio, suena de lo más normal que las grandes empresas de Estados Unidos disfruten de derechos humanos. En 1886, la Suprema Corte de Estados Unidos, modelo de la justicia universal, extendió los derechos humanos a las corporaciones privadas. La ley les reconoció los mismos derechos que a las personas, derecho a la vida, a la libre expresión, a la privacidad y a todo lo demás, como si las empresas respiraran. Más de 120 años han pasado y así sigue siendo. A nadie le llama la atención.

Gritos y susurros

Nada tiene de raro, ni de anormal, el proyecto que quiere incorporar los derechos de la naturaleza a la nueva Constitución de Ecuador.

Este país ha sufrido numerosas devastaciones a lo largo de su historia. Por citar un solo ejemplo, durante más de un cuarto de siglo, hasta 1992, la empresa petrolera Texaco vomitó impunemente 18 mil millones de galones de veneno sobre tierras, ríos y gentes. Una vez cumplida esta obra de beneficencia en la Amazonia ecuatoriana, la empresa nacida en Texas celebró matrimonio con la Standard Oil. Para entonces, la Standard Oil de Rockefeller había pasado a llamarse Chevron y estaba dirigida por Condoleezza Rice. Después un oleoducto trasladó a Condoleezza hasta la Casa Blanca, mientras la familia Chevron-Texaco continuaba contaminando el mundo.

Pero las heridas abiertas en el cuerpo de Ecuador por la Texaco y otras empresas no son la única fuente de inspiración de esta gran novedad jurídica que se intenta llevar adelante. Además, y no es lo de menos, la reivindicació n de la naturaleza forma parte de un proceso de recuperación de las más antiguas tradiciones de Ecuador y de América toda. Se propone que el Estado reconozca y garantice el derecho a mantener y regenerar los ciclos vitales naturales, y no es por casualidad que la Asamblea Constituyente ha empezado por identificar sus objetivos de renacimiento nacional con el ideal de vida del sumak kausai. Eso significa, en lengua quichua, vida armoniosa: armonía entre nosotros y armonía con la naturaleza, que nos engendra, nos alimenta y nos abriga y que tiene vida propia, y valores propios, más allá de nosotros.

Esas tradiciones siguen milagrosamente vivas, a pesar de la pesada herencia del racismo que en Ecuador, como en toda América, continúa mutilando la realidad y la memoria. Y no son sólo el patrimonio de su numerosa población indígena, que supo perpetuarlas a lo largo de cinco siglos de prohibición y desprecio. Pertenecen a todo el país, y al mundo entero, estas voces del pasado que ayudan a adivinar otro futuro aposible.

Desde que la espada y la cruz desembarcaron en tierras americanas, la conquista europea castigó la adoración de la naturaleza, que era pecado de idolatría, con penas de azote, horca o fuego. La comunión entre la naturaleza y la gente, costumbre pagana, fue abolida en nombre de Dios y después en nombre de la civilización. En toda América, y en el mundo, seguimos pagando las consecuencias de ese divorcio obligatorio.

Eduardo Galeano
18 de abril de 2008
Semanario Brecha de Uruguay